Antes da pandemia, os funcionários talvez não pensassem em levar seu cachorro para o escritório. Mas o isolamento durante a pandemia fez muita gente mudar de opinião. As pessoas não só perceberam os benefícios mentais de ter um animal de estimação por perto enquanto trabalhavam, mas também o grande aumento do número de pessoas com pets fez disparar a busca por serviços como creches, então levar o cachorro para o escritório também pode ser mais econômico.
Quem levantou as informações foi um jornalista inglês, Henry Mance, identificando que poder levar ou não o pet para o trabalho agora também faz parte da lista de flexibilizações importante para os funcionários.
Mas levar o cachorro ao trabalho não é um hábito inteiramente novo. Sigmund Freud apontou que seus pacientes pareciam se sentir mais à vontade quando seu chow chow estava presente nas sessões de psicanálise. Mas duas tendências agora impulsionam ainda mais essa ideia: o crescente apego das pessoas aos seus animais de estimação, que significa que elas não desejam deixá-los sozinhos em casa o dia todo; e a convicção dos trabalhadores mais jovens de que o trabalho deve oferecer mais do que um salário e também refletir sua identidade de maneira mais ampla.
O código de conduta dos trabalhadores do Google dispõe que “o afeto de nossos amigos caninos são uma faceta integral de nossa cultura empresarial”. No Reino Unido, cachorros agora aparecem em hospitais, nas áreas comuns das escolas, nas câmaras de advogados e em escritórios de startups. Will Smith, um dos fundadores da Tred, uma empresa que oferece cartões de crédito éticos, leva Mayo, o filhote de golden retriever que adquiriu durante o lockdown, ao escritório três dias por semana.
Frequentemente existe a suposição de que os companheiros caninos vão desordenar o foco ou a formalidade do lugar de trabalho, ou latir durante reuniões com clientes. Os gestores não sabem bem como combinar cachorros e escritórios de plano aberto, ou como lidar com trabalhadores que são alérgicos a animais, têm medo deles ou objeções religiosas à sua presença. No esforço para atrair trabalhadores de volta aos escritórios, essas regras estão enfrentando pressão, e as empresas precisam encontrar maneiras de acomodar tanto aqueles que amam cachorros quanto aqueles que não.
Antes da pandemia, cerca de 45 cachorros estavam presentes todos os dias na sede da Ben & Jerry, produtora de sorvetes americana, em Vermont –em média um animal para cada dois trabalhadores, de acordo com Lindsay Bumps, que trabalha na área de marketing da empresa e faz parte do comitê que regulamenta as questões relacionadas a cachorros.
Do ponto de vista do cachorro, ir ao escritório provavelmente é mais agradável do que ser deixado em casa. A Battersea Dogs & Cats Home recomenda que cachorros não sejam deixados sozinhos por mais de quatro horas. Outros argumentam que isso depende de cada cachorro, mas que a maioria deles prefere ter companhia.
E você, já pensou em levar seu cachorro para o escritório?
Com informações de Financial Times, Link: https://www.ft.com/content/b25d8001-3ca5-4927-a990-7027acc6e4cc